domingo, 14 de agosto de 2011

CASA DE CÂMARA E CADEIA

 Na verdade, a Vila de Igarassu teve cerca de quatro edifícios diferentes que funcionaram como Casa de Câmara e Cadeia. A primeira, já existia por volta de 1594 e estava localizada na rua Direita, entre a Misericórdia e a igreja dos Santos Cosme e Damião, sendo destruída pelos holandeses. A segunda, construída depois de 1675, com dinheiro do subsídio da carne, foi a maior de toda a província e subsistiu até a passagem de D. Pedro II por Igarassu, em dezembro de 1859, quando já estava bastante arruinada. Em 1749, foi usada pelo governador da Capitania, então de visita à vila. A terceira seria o atual Sobrado do Imperador, construído para funcionar como Casa de Aposentadoria e Correição, mas que, graças ao estado assaz ruinoso da dita Câmara, servia como tal. Por último, a atual edificação, adaptada de três edifícios públicos por volta da década de 80 do século XIX. Outro aspecto interessante diz respeito a Santo Antônio, que por ordem de D. José I, rei de Portugal, datada de 23 de novembro de 1754, determina que “... havendo sobejos nos bens desse Conselho seja dada a esmola de 27$000 (Vinte e Sete Mil Réis) anualmente aos religiosos do dito Santo com o título de protetor dessa Câmara”. A primeira diretoria republicana da Câmara Municipal foi constituída pelos senhores Manoel do Nascimento Vieira da Cunha – Presidente, Frederico Marques da Costa Soares, Mathias Francisco Jayme Galvão, Hermínio Marques Ferreira e Theatino Carneiro Tavares de Mello.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

CASA DO ARTESÃO

Fundada em 29 de abril de 2004, durante a gestão do prefeito Yves Ribeiro, e com a coordenação da Associação Cultural dos Artesões de Igarassu (ACAI), que possui artesãos de várias comunidades com inúmeros talentos. O espaço dispõe de diversos trabalhos manuais expostos para comercialização, como: renda, talha, pintura, bordado, licores, peças em coco, fios de corda,cestos de cipó e marisco.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

REFÚGIO ECOLÓGICO CHARLES DARWIN

Com cerca de 70 hectares de floresta Atlântica, o Refúgio é dirigido pelo Dr. Roberto Siqueira e conta com a colaboração de 45 pesquisadores de diversas Universidades da região. Em sua estrutura possui um Museu Vivo, o Criadouro Muriqui de Primatas e uma Sementeira de árvores nativas ameaçadas de extinção. Em 1996 recebeu o prêmio Vasconcelos Sobrinho, o Oscar da ecologia pernambucana, concedido pela CPRH. Foto: Roberto Siqueira.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

COROA DO AVIÃO

Localizada no distrito de Nova Cruz e com cerca de dois hectares de área não inundável, a ilhota Corroa do Avião é sem dúvida alguma, um dos principais atrativos turísticos do litoral pernambucano, não só pela sua beleza e excelente situação geográfica (está em área estuarina, bem próxima do continente e de fácil acesso), mas principalmente pela importância que tem no ciclo de vida de algumas aves migratórias (várias espécies de maçaricos e gaivotas) que a utilizam como local para sua alimentação, muda de plumas e em alguns casos, como habitat no aguardo de uma nova temporada migratória. Além de sua bela paisagem natural e banhos em suas águas claras e mornas, a ilhota Coroa do Avião é um dos principais centros de Pesquisa de Aves Migratórias da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE. Como equipamentos turísticos, a ilhota possui sete palhoças, onde o turista pode saborear deliciosos petiscos de frutos do mar. Foto: Jorge Barretto

ENGENHO MONJOPE

As primeiras notícias sobre Monjope nos advêm de 23 de outubro de 1600, quando Antônio Jorge e sua mulher Maria Farinha, proprietários do engenho Inhamã, doaram aos Jesuítas em graça, uma quadra de terras medindo oitocentas braças. O engenho foi o mais famoso entre os que possuíam os Jesuítas em Pernambuco.No ano de 1679, Monjope era “residência autônoma e distinta”, trabalhando nele, em 1692, perto de cem escravos. Em 1722 o engenho, apesar de estar muito bem equipado e com muitos escravos, não produzia o que dele se esperava. Só em 1742, quando se achava em plena atividade, produziu vinte e duas caixas de açúcar.As atuais construções datam de meados do século XVIII. Sua capela, dedicada a São Pedro, foi construída em 1756, sendo restaurada em 1816 e remodelada em 1926 por Vicente Novelino Filho, quando é construída sua torre.A partir do último quartel do século XVIII, o engenho passa a pertencer à família Cavalcanti de Albuquerque, oriunda do Apoá. Em 04 de dezembro de 1859, o Imperador D. Pedro II chega ao engenho, onde é recebido pelo Dr. Manoel Joaquim Carneiro da Cunha – depois Barão de Vera Cruz, e aí pernoita. No seu diário de viagens, D. Pedro II faz o seguinte comentário sobre a propriedade: “... Às 5 e 10, parti caminho do norte e 8 menos 10 cheguei a Monjope,... que é grande, bem situada, o que não admira pois foi dos Jesuítas...”. Em 189O:metricconverter> propriedade foi hipotecada à Companhia Beberibe, mas, por falta de pagamento foi comprada em hasta pública, no início do século passado, pelo Sr. Vicente Antônio Novelino pela quantia de 66:000$000 (Sessenta e Seis Contos de Réis). Foto: Jorge Barretto.

BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL

Antes mesmo da criação de uma biblioteca Pública Municipal, o Jornal Voz de Igarassu, na edição nº 27 de 30 de janeiro de 1955, nos informa que existiu em Igarassu até o último quartel do século XIX, um Gabinete Igarassuense de Leitura, que desapareceu sem registros documentais. Mas a atual biblioteca foi criada pela lei municipal nº 1074, de 25 de agosto de 1969. Em 29 de julho de 1970, através da lei municipal nº 1176, passa a denominar-se Biblioteca Pública Municipal Hercília Bezerra Bandeira de Melo. Possui um rico acervo, com algumas obras raras, e uma estrutura com auditório (30 lugares c/ videoteca), biblioteca infantil (gibiteca), biblioteca virtual e área para eventos culturais. Foto: Fernando Melo

A MAÇONARIA EM IGARASSU

As primeiras tentativas de se implantar uma loja em Igarassu surgiu em 1815, quando o Capitão Mor Francisco de Morais Cavalcanti, fundou na sua residência, uma loja que tinha por objetivo lutar pela independência do Brasil. Na gestão do Dr. Clóvis Lacerda Leite (1969/73), foi idealizada uma nova oficina cujo nome homenageava o Capitão Mor Francisco de Morais Cavalcanti. Em janeiro de 1985, a oficina passou a chamar-se VENERÁVEL MESTRE STÉLIO MARINHO FALCÃO. Sobre o atual edifício, sabemos tratar-se de uma edificação de fins do século XVIII e que teve diversas ocupações. Em 1971, a parte superior foi restaurada e adaptada para servir de sede da Oficina Maçônica que foi inaugurada em janeiro de 1972. A Oficina hoje é um centro de estudo maçônico, sendo utilizada como local onde estudantes e a comunidade local, adquirem conhecimentos sobre a instituição e sua filosofia, através de palestras in loco. Foto: Jorge Barretto.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

MUSEU PINACOTECA

Instalado no antigo dormitório dos noviços do convento franciscano de Igarassu, construído em 1705, o Museu Pinacoteca foi criado por iniciativa do Dr. Aírton Carvalho, sendo aberto ao público em agosto de 1957. Reúne 24 quadros/painéis dos séculos XVII e XVIII, oriundos da Sé de Olinda, Igreja dos Santos Cosme e Damião e do próprio Convento. São destaques os quatro painéis votivos que pertencem a matriz de Igarassu. É considerado como um dos mais importantes da América Latina. Foto: Jorge Barretto

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

MARACATU ESTRELA BRILHANTE


O maracatu é uma manifestação da cultura popular pernambucana que tem suas origens no séc. XVII. Neste momento foi criada a Instituição Mestra através da qual a Coroa Portuguesa “autorizava” os negros, escravos ou libertos, a elegerem seus reis e rainhas. A cerimônia de coroação acontecia no dia de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos em frente às Igrejas, sendo presidida por um pároco indicado pela coroa. Em Igarassu, o representante maior da cultura negra é a nação ESTRELA BRILHANTE, criada por volta de 1824, na Vila Velha de Itamaracá. Em época ainda desconhecida, seus fundadores mudaram-se para o alto do Rosário em Igarassu e ali, com as bênçãos de Nossa Senhora do Rosário, construíram a sede da instituição e a consolidaram.Foto: Fernando Melo

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

MIRANTE NATURAL


Uma das mais deslumbrantes paisagens do litoral de Igarassu, o mirante da Colina 77, localizado no distrito de Nova Cruz, possibilita uma bela vista do pontal de Maria Farinha, do rio Timbó e da orla marítima das praias do Capitão e da Gavoa, além da Coroa do Avião, o mais importante point do circuito náutico do litoral norte pernambucano. Foto: Fernando Melo.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

MUSEU HISTÓRICO DE IGARASSU


Fundado em 24 de janeiro de 1954 pelo Dr. José Eduardo da Silva Brito – então presidente do Instituto Histórico de Igarassu. Em 1972, não tendo como manter o acervo, o Instituto, através de convênio, repassou para Prefeitura Municipal de Igarassu a administração do Museu que, atualmente, ocupa três casas do século XVIII. Seu acervo é composto por 250 peças, possuindo também, um Departamento de Pesquisa Histórica, responsável pela guarda de importantes documentos da história de nossa cidade. Destaque para as exposições de peças sacras, armas e numismática. Foto:Fernando Melo

RECOLHIMENTO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS E IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO:


O Recolhimento do Sagrado Coração de Jesus foi fundado no dia 1º de março de 1742, por iniciativa dos Padres Miguel Rodrigues Sepúlvida e Gabriel Malagrida.Sua principal função era amparar e educar a juventude feminina, prestando assistência espiritual às recolhidas. Na tarde de 24 de setembro de 1749, o bispo diocesano D. Frei Luís de Santa Tereza benzeu a pedra fundamental para construção da igreja do recolhimento, que foi lançada em terra pelo governador de Pernambuco Luís José Correia de Sá, então visitando a vila. No primeiro dia de fevereiro de 1758, ficou concluída a obra da igreja, sendo ela benta pelo bispo diocesano D. Francisco Xavier Aranha e consagrada a Nossa Senhora da Conceição. Com a morte do padre Sepúlvida (1768), o recolhimento entra em decadência e, em 1850, desaba sua fachada, que foi de novo levantada pelo missionário frei Caetano de Messina – de passagem para Goiana – dentro de vinte dias, congregando para este fim o povo que lhe obedecia cegamente. Sua torre sineira teve sua construção iniciada em 1855. Foto:Fernando Melo

CONVENTO FRANCISCANO DE IGARASSU


Com início em 1588, o convento franciscano de Igarassu foi o terceiro a ser construído no Brasil e o primeiro com o título e invocação do glorioso português Santo Antônio. Sabe-se através de frei Manoel da Ilha, primeiro cronista a tratar do convento de Igarassu, que em 1588 o padre frei Melchior de Santa Catarina, primeiro Custódio do Brasil (1585/94), foi procurado por alguns vereadores representantes da Câmara, juntamente com algumas pessoas influentes da vila de Igarassu, os quais rogaram ao dito padre que visitasse a vila e lá escolhesse o terreno que melhor conviesse para a fundação de um convento. O irmão frei Antônio de Campo Maior – fundador da casa, dispõe sobre a fábrica e obra do convento, criando, também, os aldeamentos de Itapissuma e Pontas de Pedra, iniciando o processo de catequese do gentio da região. Entre 1639/54, durante a ocupação holandesa, o convento ficou abandonado e, informa Pereira da Costa, que o mesmo foi utilizado pelos ministros protestantes. A partir de 1660, quando é transformado em casa de noviciado, o convento começa a passar por reformas que lhes darão a feição atual. Em 1749, a pintura do forro é concluída por José Rabelo de Vasconcelos – O Rabelo. Na década de trinta as irmãs do Bom Pastor ocuparam o convento que, depois de um surto de febre tifo, foi abandonado. Em 1941, as irmãs da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, assumem a administração da casa, mantendo-a até hoje. Foto: Fernando Melo

IGREJA DOS SANTOS COSME E DAMIÃO


considerada a mais antiga do Brasil: Reza a tradição que os portugueses, após derrotarem os índios Caetés em memorável batalha ocorrida em 27 de setembro de 1535, graças à intercessão dos santos, começaram a erguer um templo votivo consagrado aos irmãos gêmeos. As despesas para sua edificação correram por conta do Capitão Afonso Gonçalves, que em carta ao rei de Portugal datada de 10 de maio de 1548, diz textualmente: “... Senhor eu quisera os dízimos desta igreja para os gastar nela e em coisas necessárias para o culto divino e ornamentos, pois sou fundador dela e a fiz à minha custa própria...”. A capela primitiva, provavelmente em taipa, ruiu por volta de 1590/94, segundo informação contida no livro “... Primeira Visitação do Santo Ofício: Denunciações e Confissões de Pernambuco”. No mesmo sítio e obedecendo a um alvará real datado de 11 de novembro de 1595, foi construída entre 1595/97, uma nova capela, desta vez de pedra e cal. Hoje, após processo de restauração iniciado em 1958, a igreja recuperou suas características primitivas. Estilo: Maneirista. Foto Fernando Melo

SITIO DOS MARCOS


Um dos mais importantes pontos de contato entre portugueses e ameríndios. O Sítio dos Marcos, localizado na chamada barra sul do canal de Santa Cruz – Porto de Pernambuco é o local onde o português iniciou um longo processo de adaptação à nova terra. A construção, em 1516, da feitoria de Cristóvão Jacques é o marco inicial desse processo que culminaria com a chegada do donatário Duarte Coelho para tomar posse de sua Capitania em 09 de março de 1535.Foto: Fernando Melo